terça-feira, 5 de maio de 2015

Catan - Análise por Micael Sousa



Este será, provavelmente, o jogo mais conhecido que neste blogue alguém se dará ao trabalho assumir uns bitaites. É muito comum ver o Catan à venda nas grandes superfícies, mesmo ali ao lado do Monopólio e afins. Mesmo assim, apesar dos seus 20 anos, este jogo é uma lufada de ar fresco para quem quer escapar ao básico, pelo menos numa fase inicial.

Então, em Catan, colocamos as nossas aldeias na ilha modular, sempre diferente, tanto na disposição dos recursos que se podem obter, como nos números pelos quais eles são produzidos. Sim, este é, acima de tudo, um jogo de gestão de recursos, domínio de probabilidades e de áreas no tabuleiro, pois cada espaço de produção e vias de ligação (que permitem expandir a rede de exploração) só podem ser ocupados por um jogador. Para além dessa corrida, o jogo tem bastante interactividade, tanto pelo ladrão, que podemos mover para tramar a vida dos nossos concorrentes, como pelas trocas de recurso entre jogadores, que são formalmente incentivadas pelas regras do jogo.


Há razões para este jogo preencher os requisitos de muitas pessoas, pois é simples e permite um certo grau de estratégia de jogo. No entanto, não me satisfaz, embora o recomende para quem se quer iniciar neste mundo dos jogos de tabuleiro. Primeiro, o fator sorte é muito considerável: há dias em que os dados parecem estar contra nós, apesar de termos escolhido as “probabilidades certas”. Depois, não existem assim tantas opções para rumar à vitória. É uma corrida com pouca diversidade, especialmente quando comparamos com outros jogos do género.


As expansões melhoram o jogo, especialmente a expansão “Navegantes”, sem o desvirtuar em excesso. As restantes enriquecem-no mas tornam-no ainda mais longo e “estranho”, sendo o tempo de jogo da versão base a roçar os limites do aceitável para um jogo deste tipo.
Comecem por jogar Catan, mas não percam demasiado tempo com ele, avancem para os outros.


Jogo: Catan
Ano: 1995
Avaliador: Micael
Tipo: Familiar/Gestão
Tema: Renascentista
Preparação: 5-10 minutos
Duração: 90 minutos
Nº de Jogadores: 2 - 5
N Ideal de jogadores: 4 - 5
Dimensão: Pequena
Preço médio: 40€
Idade: 10+

Qualidade dos Componentes: 8
Dimensão dos Componentes: 7
Instruções/Regras: 9
Aleatoriedade: 3
Replicabilidade: 6
Pertinência do Tema: 4
Coerência do Tema: 4
Ordem: 7
Mecânicas: 5
Grafismo/Iconografia: 6
Interesse/Diversão: 6
Interação: 8
Tempo de Espera: 3
Opções/turno: 4
Área de jogo: 5
Dependência de Texto: 8
Curva de Aprendizagem: 6

Pontuação: 5,6

Para Iniciação









2 comentários:

  1. Parabéns pelo Blog!
    Espero que continuem a fazer análises a jogos de tabuleiro.
    O Catan é um dos jogos que tenho na minha pequena Ludoteca, e é dos que mais vezes sai da prateleira para a mesa de jogo.
    Também tenho a expansão Navegantes e ainda conto aumentar com mais expansões, só ainda não o fiz porque espero que saiam às versões em Português.
    Do mesmo género que outros jogos de tabuleiro recomendam?

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  2. Obrigado! Esperamos continuar a fazer análises para todos os jogos que conhecemos e jogamos.
    Quanto às versões em português não sei para quando sairão. Pelo que tenho ideia a expansão navegantes não tem nada com texto, pelo que fica independente da versão da língua.
    Quanto a outros jogos, vamos recomendar imenso. Basta ir seguindo as reviews. Uma das próximas será já o Agrícola, analisado pelo Edgar Bernardo.

    Novamente obrigado

    ResponderEliminar

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