sexta-feira, 26 de junho de 2015

Troyes - Análise por Micael Sousa

Começo por admitir que este é um dos meus jogos preferidos, um dos poucos com dados que me agrada.

Em Troyes representamos um determinado bairro da cidade medieval de Troyes, em França, durante a Idade Média. Ganha quem tiver mais pontos, como seria de esperar num eurogame. Os pontos de vitória obtêm-se de variadíssimas formas, usado dados que representam as forças vivas da cidade, ou seja: o clero, o povo e a nobreza. Temos de competir para desenvolver a cidade, construindo a catedral, acumulando riqueza e prestígio, enquanto somos forçados a colaborar nos ataques esternos de invasores e outras calamidades que nos atingem a todos na cidade Troyes.


A iconografia e grafismos são únicos e muito originais, podendo amar-se ou odiar-se, tal como o modo como usa símbolos próprios para dispensar texto. Eu pessoalmente adoro.

O jogo tem uma imensa replicabilidade, imensas opções de jogo e caminhos para a vitória. Nunca há um jogo igual, pois da panóplia de cartas que definem as opções para cada jogo é muito considerável, especialmente se tivermos a expansão “Ladies of Troyes”. Há imensos dados para gerirmos. É nessa gestão que surge a força dos dados, pois podemos manipula-los, adapta-los e comprar dados alheios. Isto dá um toque de impressibilidade que contribui para o interesse do jogo, sem nos sentirmos demasiado condicionados. Há muita interactividade, a roçar a agressividade, pois os dados alheios estão sempre à nossa disposição e é possível expulsar os representantes do bairro concorrente nos vários postos e cargos na cidade, pois são esses “meeples” que produzem dados para os jogadores, sendo os dados o verdadeiro combustível deste excelente jogo.

Só depois de 2 ou 3 jogos se percebe tudo o que implica o jogo, mas é normal, ou não fosse já um jogo de complexidade considerável. Depois de lhe apanhar o jeito o jogo pode ser bastante gratificante, pois é possível construir motores de produção, optimização e domínio capazes de orgulhar quem aprecie a concretização de uma boa estratégia de vitória.

Jogo: Troyes
Ano: 2010
Avaliador: Micael Sousa.
Tipo: Economia / Gestão / Dados
Tema: Medieval
Preparação: 5 minutos
Duração: 80 - 100 minutos
Nº de Jogadores: 2 - 4
Nº Ideal de jogadores: 3
Dimensão: pequena
Preço médio: 40 €
Idade: 12+

Qualidade dos Componentes: 9
Dimensão dos Componentes: 9
Instruções/Regras: 10
Aleatoriedade: 8
Replicabilidade: 10
Pertinência do Tema: 9
Coerência do Tema: 9
Ordem: 7
Mecânicas: 10
Grafismo/Iconografia: 10
Interesse/Diversão: 9
Interação: 9
Tempo de Espera: 8
Opções/turno: 10
Área de jogo: 8
Dependência de Texto: 10
Curva de Aprendizagem: 6

Pontuação: 9,00
Para jogadores com experiência

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Ilha Proibida - Análise por Edgar Bernardo

 
Uma tal de ilha proibida está à beira de sofrer um dilúvio e com ele 4 tesouros únicos podem vir a perder-se para sempre, e só a bravura (ou ganância) de arqueólogos os poderá reaver!
Este conjunto de aventureiros tem de saltar de quadrado em quadrado drenando partes da ilha enquanto procura as 4 pistas para recolher cada um dos tesouros escondidos, mas, como é apanágio de um bom filme de ação, o perigo espreita a cada jogada e uma enchente pode por em causa todo o esfoço de equipa deste jogo cooperativo.
Aprecio jogos cooperativo na mesma medida que quaisquer outros, mas é certo que este despertou em mim maior interesse por este género. Naturalmente que o "jogador alpha" pode acabar por dominar a partida, por isso, a diversão e o cooperativismo depende do grupo tanto quanto o jogo!
Apesar da dificuldade do jogo, sobretudo nos dois níveis mais difíceis que faz disparar a aleatoriedade do jogo, recomendo vivamente este jogo para famílias e novos entusiastas deste "hobbie"!

Jogo: Ilha Proibida
Ano: 2010
Avaliador: Edgar B.
Tipo: Cooperativo
Tema: Arqueologia
Preparação: 10 minutos
Duração: 30 minutos
Nº de Jogadores: 2 - 4
Nº Ideal de jogadores: 4
Dimensão: pequena
Preço médio: 23 €
Idade: 8+

Qualidade dos Componentes: 9
Dimensão dos Componentes: 5
Instruções/Regras: 7
Aleatoriedade: 6
Replicabilidade: 9
Pertinência do Tema: 4
Coerência do Tema: 4
Ordem: 9
Mecânicas: 9
Grafismo/Iconografia: 9
Interesse/Diversão: 7
Interação: 7
Tempo de Espera: 6
Opções/turno: 8
Área de jogo: 8
Dependência de Texto: 10
Curva de Aprendizagem: 9

Pontuação: 7,41


Para iniciados e famílias
 

sexta-feira, 5 de junho de 2015

Puerto Rico - Análise por Micael Sousa

 
Este foi o segundo, jogo digno desse nome, que inicialmente joguei, por isso vejo-o com alguma nostalgia.

Em Puerto Rico somos governadores de várias ilhas nas caraíbas, cabendo-nos o seu desenvolvimento. Nos terrenos disponíveis da ilha podemos produzir os bens valiosos na época (Índigo, Açúcar, Tabaco e Café), desejados na europa de inícios da época moderna (assim depois do século XV e por ai fora). Podemos também construir edifícios na capital da ilha. Tanto as quintas, as pedreiras, como alguns dos edifícios necessitam de “colonos”(que é um modo simpático de dizer escravos) para funcionarem. Ganha quem fizer mais pontos de vitória, obtidos através da exportação de bens para a Europa ou dos edifícios que se construam.

O jogo dispensa dados. Recorre um leque de opções disponíveis para cada jogador no seu turno. Quem escolher primeiro tem mais benefícios, sendo que os restantes jogadores têm sempre, por arrasto, a opção de fazer a acção escolhida pelo jogador ativo no turno em causa. Mas, até ao final da ronda a as opções escolhidas ficam indisponíveis.

Os componentes não são grande coisa, mas saiu uma noa edição que os melhora.

Trata-se de um bom jogo de iniciação no género mais complexo dos “eurogames”, um bom exercício de gestão de recursos, tomada de opções com pouco fator sorte. No entanto, o problema do jogo, é que, depois de jogar algumas vezes, ficam evidentes quais são as estratégias ganhadoras, pelo que perde na replicabilidade, embora não seja gravíssimo.
 
Jogo: Puerto Rico
Ano: 2002
Avaliador: Micael
Tipo: Gestão
Tema: Colonização / Exploração
Preparação: 10 minuto
Duração: 90 a 150 minutos
Nº de Jogadores: 2-5
Nº Ideal de jogadores: 3 - 4
Dimensão: média
Preço médio: 40 €
Idade: 12+

Qualidade dos Componentes: 4
Dimensão dos Componentes: 8
Instruções/Regras: 9
Aleatoriedade: 10
Replicabilidade: 5
Pertinência do Tema: 10
Coerência do Tema: 9
Ordem: 4
Mecânicas: 9
Grafismo/Iconografia: 5
Interesse/Diversão: 8
Interação: 6
Tempo de Espera: 6
Opções/turno: 8
Área de jogo: 8
Dependência de Texto: 2
Curva de Aprendizagem: 6

Pontuação: 7,0
 
Recomendado para introduzir jogos de gestão

 

segunda-feira, 1 de junho de 2015

Monopólio - Análise por Edgar Bernardo

Fonte: Público.pt
 
Atendendo às centenas de horas que terei jogado Monopólio na minha mocidade, seria de esperar algum tipo de nostalgia que quebrasse a baixa pontuação, mas não faço milagres! Sim, para uma criança que vê os seus pais mexerem e controlarem todo o dinheiro, a ideia de mexer em notas de papel e comprar casas e terrenos é, de facto, cativante.
Igualmente, a aleatoriedade dos dados é algo que fascina, intriga e move muitos jogares de jogos de sorte e mesmo de tabuleiro. Todavia, convenhamos, aplicar as nossas poupanças em terrenos e hotéis com base na última placa ou morada em vista não é a melhor, nem a mais coerente, maneira de ter sucesso no negócio imobiliário.
Tudo isto para dizer que se alguém nunca jogou monopólio então, na minha opinião, não o faça.  Aliás, se nunca jogaram são certamente uma minoria contagiada pela sorte. Recomendo vivamente este jogo para quem não conhece ou possui qualquer outro, um jogo a evitar.
 
Jogo: Monopólio
Ano: 1935
Avaliador: Edgar
Tipo: Gestão
Tema: Imobiliário
Preparação: 10 minuto
Duração: 60 a 240 minutos
Nº de Jogadores: 2-6
Nº Ideal de jogadores: 4
Dimensão: média
Preço médio: 30 €
Idade: 8+

Qualidade dos Componentes: 3
Dimensão dos Componentes: 6
Instruções/Regras: 8
Aleatoriedade: 1
Replicabilidade: 6
Pertinência do Tema: 7
Coerência do Tema: 7
Ordem: 10
Mecânicas: 4
Grafismo/Iconografia: 4
Interesse/Diversão: 4
Interação: 4
Tempo de Espera: 7
Opções/turno: 1
Área de jogo: 5
Dependência de Texto: 7
Curva de Aprendizagem: 9

Pontuação: 4,9
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