sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Isle of Skye - Análise por Edgar Bernardo


Em Isle of Skye: from chieftain to king é suposto estarmos a fazer crescer o nosso condado de maneira a formarmos um reino digno de registo histórico. Mas, na verdade, o que fazemos é leiloar por peças que anexamos ao nosso reino inicial.
Fonte da imagem: http://www.asaboardgamer.com/review/isle-of-skye/
O leilão em si passa por retirar 3 peças do saco e, secretamente, escolher uma para descartar e colocar preço nas restantes. Seguidamente, à vez, cada jogador pode comprar apenas uma peça disponível a um dos outros jogadores. No final da ronda, se alguma peça nossa não for adquiria fica para nós, e o dinheiro que nela atribuímos perde-se. Por outro lado, se alguém nos comprar uma das peças acumulamos algum dinheiro para os leilões seguintes.

Visualmente é apelativo e extremamente simples de explicar. Em menos de 5 minutos estamos a jogar e, ao contrário do que sugere o tempo, em menos de 40 minutos o jogo termina. Com exceção para jogos com 5 jogares (ou 4 se tivermos jogadores que gostam de levar o seu tempo...).

É um jogo familiar com estratégia e alguma sorte à mistura. Não muita porque é possível contornar a aleatoriedade das peças que nos calham, mas para jogadores mais casuais que queiram apenas divertir-se pode tornar-se um jogo de pura sorte.

Isle of Skye é uma espécie de cruzamento feliz entre Carcassone e um qualquer jogo de leilão.
A parte menos bem conseguida está reservada para a temática... este jogo podia ser sobre as eleições nos EUA, ou sobre o preço da melancia no Burkina Faso... ninguém notava. Sei que por vezes isto não é um problema, pois muitos jogos bem sucedidos passam por essa versatilidade. Mas num jogo que procura recriar o crescimento de um condado ou reino medieval escocês falta a mínima noção de "reino", de "medieval" ou de "escocês"... a escolha de um tema menos suscetível a críticas evidentes teria sido uma grande mais valia.

Por outro lado, e como afirmei, não me parece que a temática em causa, ou em falta, faça diferença nas vendas deste jogo. Merece ser jogado causalmente entre família e amigos, ou na maior seriedade, mas apenas se todos o encararem da mesma forma, caso contrário, nem todos vão ficar satisfeitos com a experiência.
Recomendo como introdução a todos os jogadores casuais e famílias.
 
 
Jogo: Isle of Skye
Ano: 2015
Avaliador: Edgar Bernardo
Tipo: Gestão
Tema: Exploração / Expansão
Preparação: 3 minuto
Duração: 60 minutos
Nº de Jogadores: 2 - 5
Nº Ideal de jogadores: 4
Dimensão: Pequena
Preço médio: 25€
Idade: 8+

Qualidade dos Componentes: 7
Dimensão dos Componentes: 8
Instruções/Regras: 10
Aleatoriedade: 6
Replicabilidade: 9
Pertinência do Tema: 4
Coerência do Tema: 4
Ordem: 10
Mecânicas: 6
Grafismo/Iconografia: 8
Interesse/Diversão: 7
Interação: 7
Tempo de Espera: 9
Opções/turno: 7
Área de jogo: 8
Dependência de Texto: 10
Curva de Aprendizagem: 9

Pontuação: 7,59

Para jogadores casuais e famílias

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