sexta-feira, 22 de julho de 2016

Queens Architect - Análise por Micael Sousa

Vamos colocar mãos à obra e construir belos palácios, castelos e demais construções que o reino tão urgentemente necessita. Pegamos nas nossas carroças e lá vamos nós, contratando para a nossa equipa de trabalho os melhores especialistas para ficar um trabalho impecável. Há muito trabalho a fazer para que a rainha nos considere ser o melhor arquiteto pelo reino. Vai ser uma correria, vai ser cansativo. Vamos contratar novos artífices e deixando outros ir à sua vida. Vamos ser chefes generosos e pagar o descanso dos nossos colaboradores, pois equipa que constrói bem é para manter. O tempo é curto pois só uma equipa de construtores poderá ser nomeada a melhor do reino.

Fonte da imagem: http://meepletown.com/2015/11/review-queens-architect/
 
Queens Architect é um jogo de gestão de recursos em formato correria. Preparem-se, vão ter de fazer muitas contas, gerindo as vossas equipas de trabalho numa original “rondel” customizável.
Basicamente, cada jogador entra numa correria até fazer os pontos de prestígio para ser eleito o melhor construtor do reino. Com a nossa carroça, que representa a nossa equipa de trabalho, corremos o reino a tentar construir primeiro que todos os outros as oportunidades de trabalho de construção. Cada cidade exige determinados tipos específicos de artesão para concluir com sucesso a construção em causa. Podemos contratar ferreiros, carpinteiros, vidreiros, tecelões, pedreiros e canteiros. À medida que os vamos utilizando vão sendo rodados num sistema de duplo “rondel”, que nos permite usar as ações e manipular a nossa força de trabalho. Os artesãos podem ficar esgotados, a não ser que os façamos descansar na taberna. Podemos sempre contratar mais. Podemos fazer pequenas reparações para ganhar dinheiro que, por sua vez, serve para pagar os descansos e a contratação de novos artesãos.
 
Queens Architect obriga a muito cálculo. As decisões têm de ser ótimas, caso contrário ficamos para trás, tanto na oportunidade de adquirir novos artesões como de poder construir onde for mais indicado para a sua equipa de trabalho. O jogo tem como vantagem ser relativamente rápido, assim que cada jogador souber o que está a fazer. A interactividade não é muito grande, mas melhora com o aumento do número de jogadores, pois fica tudo muito mais apertado (artesãos disponíveis e locais de construção). O jogo pode parecer “seco” e pouco temático para alguns gostos, mas consigo ver lá a lógica de gestão de recursos humanos e a necessidade de viajar para construir.
 
Pessoalmente gosto do jogo para levar à mesa de tempos a tempos, especialmente porque me faz lembrar gestão e direção de obras. Queens Architect acaba por ser uma corrida medieval que nos exercita o cálculo.


Jogo: Queens Architect
Ano: 2015
Avaliador: Micael Sousa
Tipo: Gestão / Corrida
Tema: Construção / Medieval
Preparação: 10 minutos
Duração: 45 - 60 minutos
Nº de Jogadores: 2 - 4 
Nº Ideal de jogadores: 3 - 4
Dimensão: Grande
Preço médio: 40€
Idade: 10+

Qualidade dos Componentes: 9
Dimensão dos Componentes: 9
Instruções/Regras: 9
Aleatoriedade: 7
Replicabilidade: 7
Pertinência do Tema: 8
Coerência do Tema: 8
Ordem: 6
Mecânicas: 9
Grafismo/Iconografia: 9
Interesse/Diversão: 6
Interação: 6
Tempo de Espera: 8
Opções/turno: 6
Área de jogo: 7
Dependência de Texto: 10
Curva de Aprendizagem: 8

Pontuação: 7,59

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